GRIPE A - H1N1

Apenas a titulo informativo, uma tabela dos sintomas que poderá ajudar quem nos ler.
As pessoas infectadas com o HIV e com o sistema imunitário baixo poderão mais fácilmente desenvolver infecções respiratórias e outras provocadas pelo vírus ou bactérias.
Se falarmos da gripe normal ela é mais prolongada em seropositivos e as taxas de mortalidade maiores.
"Bateu à porta e entrou. Um curso prático, para o qual não me matriculei e que originará um post dentro em breve sobre como as coisas acontecem. Para que fiquem mais descansados, não sou eu que estou infectado. Algo que veio alterar a rotina familiar. O que fôr soará. "

Redução de Riscos - Doenças cardiovasculares e cancro

Um estudo defende que a prática de exercício físico pelo menos 30 minutos por dia não só previne o desenvolvimento de doenças cardiovasculares como reduz para metade o risco de cancro.A pesquisa, publicada recentemente pelo "British Journal of Sports Medicine", indica que, quando uma pessoa pratica desportos de média ou alta intensidade, o consumo de oxigénio aumenta e ajuda o corpo a combater diversos tipos de doença, entre elas o cancro. Para chegar a essa conclusão, uma equipa de investigadores das universidades finlandesas de Kuopio e Oulu acompanhou por quase 17 anos os hábitos de vida de mais de 2.500 homens adeptos de práticas desportivas e que tinham entre 42 e 61 anos de idade. Do total dos participantes do estudo, 181 morreram na sequência de algum tipo de cancro. Os mais frequentes foram de pulmão, próstata, cérebro, na região gastrointestinal e os linfomas. Ao longo da pesquisa, os cientistas estudaram os hábitos desportivos dos voluntários para determinar, em unidades metabólicas (MET), qual a quantidade de oxigénio consumida durante a prática de exercícios segundo a intensidade do mesmo. Ficou constatado, por exemplo, que a quantidade de oxigénio consumida numa caminhada normal, numa caminhada acelerada e durante o nado é de 4,2 MET, 10,1 MET e 5,4 MET, respectivamente. Em média, a quantidade de oxigénio consumida por todos os voluntários nos seus exercícios era de 4,5 MET, dedicando 66 minutos a actividades físicas. No entanto, 27% deles não dedicavam meia hora de seu dia à prática de desporto. Com esses dados, os investigadores concluíram que um aumento de 1,2 MET na quantidade de oxigénio consumida durante exercícios reduz os riscos de cancro, especialmente de pulmão e na região gastrointestinal. Durante o estudo, os cientistas avaliaram outros factores exógenos, como a idade, o consumo de álcool e tabaco, a alimentação e o índice de massa corporal.

Reprodução Autorizada de Post informativo no blogue "É só mais um bocadinho", que achamos ser de interesse para os nossos leitores.

Dental Dam

A quantidade de vírus existente na saliva é pouco significativa. Não existe risco de aquisição da infecção através do beijo. No entanto quando a saliva está contaminada com sangue e existe contacto desta saliva com a mucosa genital, existe uma probabilidade, ainda que pequena de contágio. Se existir contacto da mucosa da boca com secreções vaginais ou sémen infectados, também existe probabilidade de infecção.

O risco de transmissão de VIH através da prática de sexo oral sem protecção parece ser baixo assumindo que não há circunstâncias extremas, como ISTs orais concorrentes, sangramento gengival, cortes ou lesões na boca ou na língua...

Para quem faz sexo oral a um homem a protecção adequada é o uso de um preservativo de sabor mas e nas mulheres?


A resposta á nossa pergunta chama-se dental dam (barreira dental). O dental dam é um quadrado de látex (tamanho aproximado 15x15 cm) que inicialmente foi criado para os procedimentos odontológicos e mais tarde passou a ser utilizado para a prática de sexo oral impedindo que a boca entre em contacto com a vagina e/ou com o ânus durante a pratica de sexo oral evitando assim a transmissão de doenças como o herpes, hepatite e VIH.

O dental dam é fácil de usar, basta retira-lo da embalagem e colocar em cima da vagina com um pouco de lubrificante à base de água na parte que fica em contacto com o corpo para uma maior aderência.
Á semelhança dos preservativos o dental dam não deve ser lavado nem reutilizado.
Existem dental dams de vários sabores: morango, mentol, baunilha, banana,... mas infelizmente em Portugal são difíceis de encontrar à venda.
Uma solução eficaz e segura é cortar um preservativo com sabor (sem espermicida) para evitar o sabor desagradável dos preservativos normais.

Acima de tudo divirta-se mas proteja a sua saúde.

Colaboração de: Isabel Pinto

Àlcool e Retrovirais

O consumo de álcool interfere com a absorção de medicamentos e os retrovirais não são excepção. Sendo um substância tóxica para o organismo este tem de o metabolizar e expulsar. De uma maneira simplista diríamos que enquanto a maquinaria genética humana está ocupada nessa função de eliminação não tem capacidade produtiva ou esta é reduzida para absorver e metabolizar os medicamentos.
Fizeram-se estudos para avaliação dos efeitos do consumo de alcool na eficácia da terapia anti-retroviral de grande actividade normalmente denominada pelas siglas HAART/TARGA e também sobre a toxicidade hepática a doentes que tomavam inibidores de protease (IPs),uma classe de medicamentos para o tratamento do VIH um tanto controversa.
De um modo simplista também e para compreensão dos nossos leitores resumo as conclusões desses estudos, sem referir pormenores sobre os mesmos que só a alguns interessam.
Num universo de 110 pessoas que consumiam vinho e cerveja e 55 que bebiam destilados com alto teor verificou-se que havia uma diminuição no tamanho do Timo, glândula que produz os linfócitos T (CD4) bem como uma diminuição nas contagens de células CD4. As mulheres tiveram decréscimos superiores aos homens.
O consumo de bebidas de grau alcoólico elevado foi associado à diminuição da eficácia das terapias TARGA.
O álcool aumenta a toxicidade hepática dos retrovirais da classe IP (Inibidores de protease).
Em analogia às campanhas de “se conduzir não beba” fica em forma figurada a frase “se tomar retrovirais não beba”.

TARGA previne evolução da Hepatite C em co-infectados

As pessoas co-infectadas com os vírus da Hepatite C VHC e o VIH, sofrem um desenvolvimento mais rápido na progressão da doença hepática do que as pessoas mono infectadas só com o VHC.
A maior parte dos estudos que suportam este facto são anteriores ao aparecimento das terapias anti retrovirais de grande actividade ou tri-terapias normalmente designadas pela sigla TARGA ou em inglês HAART.
Uma equipa de investigadores espanhóis do Hospital de La Paz em Madrid, efectuou um estudo com vista a obter uma visão actualizada sobre a influência das novas terapias TARGA e dos seus efeitos nos pacientes infectados com ambos os vírus.
Os resultados deste estudo foram publicados na Revista AIDS edição de 15 de Maio deste ano, e mostram que as terapias anti retrovirais podem reduzir a actividade necroinflamatória ou seja a morte celular dos tecidos do fígado.
Neste estudo foram avaliadas 119 amostras de biopsias hepáticas a pessoas co-infectadas tendo pelo menos 350 cd4 (Células do Sistema imunitário), as quais não tinham feito qualquer tratamento para o vírus da hepatite C. Metade destas pessoas tinham cargas virais altas de mais de 800.000 cópias para o VHC e cerca de dois terços estavam infectadas com os genotipos 1 e 4, ou sejam os que respondem de forma menos eficaz aos tratamentos.
As biopsias revelaram que 23% tinham fibroses avançadas e 66% esteatoses significativas.
Altos niveis de ALT, presença de esteatoses e fibroses avançadas e uma maior actividade necroinflamatória foram associadas a altos consumo de alccol.
Para despistarem enganos nas conclusões obtidas, relacionaram que nos pacientes que não tomavam a terapia TARGA tinham uma maior actividade necroinflamatória.
É uma boa noticia para os doentes co-infectados e de alguma forma pode-se pensar que o tratamento para o VIH tem benefícios no desenvolvimento da Hepatite C, uma doença que tantas mortes tem causado.

Monoterapia com Atazanovir/Ritonavir

A simplificação da terapia antirretroviral (TARV) é uma estratégia terapêutica que se investiga e que, em ocasiões, se põe em prática por várias razões, tais como, incrementar a comodidade do tratamento mediante a redução de tomas diárias e/ou a quantidade de comprimidos, diminuir a toxicidade ou ainda reduzir os custos (principalmente nos Países com sistemas de Saúde com poucos recursos). Um dos regímes simplificados bastante utilizado, é a monoterapia com um inibidor da protease (IP) potencializado com o Ritonavir.
Esta é precisamente a conclusão de um estudo multicêntrico americano publicado na edição de 15 de Março no Jornal de Doenças Infecciosas. Segundo os peritos, uma terapia simplificada com Atazanavir (Reyataz) potenciada pelo Ritonavir (Norvir) pode manter a supressão da replicação do HIV durante um período de 48 semanas, sem que se desenvolvam mutações de resistência aos inibidores da protease.
Os investigadores advertem, que o principal inconveniente das terapias simplificadas, até à data, foi o facto de ter sido experimentado num número de pacientes relativamente pequeno. Concluíndo, este mesmo grupo de investigadores, não recomenda de momento, o uso generalizado desta estratégia terapêutica. Deveria-se esperar, que se leve em consideração, ensaios clínicos de distribuição aleatória de maior dimensão.

Fonte: Grupo de Trabalho Tratamentos
Tradução e Resumo: Pedro Serrano

INIBIDOR DE MATURAÇÃO DO HIV

O Bevirimat, um fármaco em desenvolvimento pertencente a uma nova família de retrovirais que actua na fase de maturação do vírus e cuja investigação havia sido suspensa, está de novo a ser desenvolvido com um novo ensaio de fase IIb.
A ter sucesso poderá ser mais uma arma no combate ao HIV, que tanta falta nos faz.
A maturação viral é a última etapa na replicação do vírus na célula hospedeira que foi infectada, incluindo o processamento de proteínas vitais que o tornam capaz de infectar novas células. Se este processo de maturação for bloqueado com sucesso o novo vírus não tem capacidade infecciosa e consequentemente não conseguirá reproduzir-se de novo.
É mais uma barreira à replicação viral evitando assim a destruição do sistema imunitário através da cadeia de reprodução que acontece sempre que os novos vírus deixam as células cd4 que infectaram e de cuja maquinaria genética se aproveitaram para uma vez maduros infectarem novas células.
Embora o desenvolvimento do medicamento esteja a ser problemático, devido ao facto que nos ensaios anteriores acontecia em certas pessoas ser extremamente eficaz na redução de cargas virais, enquanto que noutras infectadas por vírus com certos padrões genéticos polifórmicos, o medicamento era ineficaz.
Pensa-se numa nova formulação do medicamento, no entanto nas pessoas cujo vírus é sensível ao fármaco ele demonstrou ser bastante potente no combate ao vírus.
A Myriad, companhia que comprou os direitos para continuar a desenvolver a molécula , está a desenvolver também um teste algorítmico genótipico que poderá predizer a resposta do fármaco aos diversos sub-tipos de vírus, evitando assim o seu uso indevido em doentes não respondedores.

Nevirapina-Uma toma diária

A Nevirapina é um medicamento Não Nucleósido Inibidor da Transcriptase Reversa, muito usado nas terapias anti retrovirais TARGA, de primeira linha e foi aprovado pela EMEA, para ser utilizado em duas tomas diárias de 200 mg.
Estudos recentes comprovam que este medicamento pode ser tomado uma vez ao dia com uma dose de 400 mg, mantendo a sua eficácia na supressão da replicação viral.
Um dos requisitos, para tomar o medicamento uma vez ao dia é que o organismo do doente o tenha tolerado bem nas duas tomas diárias durante um período de 12 a 18 semanas.
Consideram os especialistas que efectuaram estes estudos que é seguro administrar o medicamento uma única vez ao dia.
No estudo a toxicidade hepática e o aumento do ALT/AST de grau 3 ou 4, verificaram-se que 97,4% das pessoas que tomavam medicamento uma vez ao dia, e 99,3% das pessoas que o tomavam duas vezes ao dia, não sofreram aumentos de grau 3 ou superior.
Ensaios clínicos anteriores como o SCAN ou o VIRGO, concluíram que não havia diferença no que diz respeito à toxicidade hepática na toma única diária em relação a duas tomas diárias.
É mais um passo em frente no que diz respeito à simplificação das terapias antiretrovirais em terapias que incluem este medicamento e que são desejáveis para uma melhor adesão por parte dos doentes.

Estratégia Eficaz na Transmissão do VIH

Investigadores dizem que o tratamento universal de todos os infectados pelo HIV é uma estratégia eficaz na prevenção da transmissão do vírus.
O risco de transmissão do vírus é muito baixo em relações heterossexuais, quando as pessoas são tratadas e têm cargas virais indetectáveis estabilizadas por períodos superiores a seis meses.
Estudos realizados ao longo de vários anos verificaram que a taxa de transmissão é de 0,46 por cento/ano em casais sero-discordantes em que a pessoa infectada tem a carga viral indetectável. Fizeram também estudos com pessoas com cargas virais até 400 cópias por mililitro de sangue e neste caso a percentagem subiu para 1,27 por cento.
Caso curioso e relacionado com notícias recentes, é que em relação à gripe A (suína) onde apareceram em todo o mundo cerca de cem casos as pessoas entraram em pânico e houve uma corrida às máscaras esgotando os stocks das mesmas. Diariamente há 16.000 novas infecções pelo HIV e as pessoas continuam a não usar o preservativo e os meios de comunicação não falam sobre o assunto.
O acesso à terapia anti-retroviral e uma boa adesão por parte das pessoas infectadas, pode vir a ser uma boa estratégia para o controle do vírus e é necessário que esse acesso seja estendido a todos os países do mundo pois a circulação de pessoas é um factor importante para a disseminação do mesmo.
Outro factor importante a referir e uma vez que estes estudos se referem apenas a relações heterossexuais é considerar o tipo de sexo praticado. Sabemos de há muito que o risco é mínimo quando falamos de sexo oral, contudo parece ser tabu falar de sexo anal em relações heterossexuais. Certo é que muitos casais o praticam e temos de falar dele abertamente, pois isso poderá contribuir para se tirarem conclusões, pois poderá acontecer que mesmo na pequena percentagem de transmissão do vírus em pessoas com cargas virais indetectáveis ele seja significativo.
Pequenos passos dados para o conhecimento da transmissão do vírus, poderão ser importantes numa maior liberdade sexual entre casais e fazer a felicidade daqueles que se amam e que por causa de medos que podem ser infundados nunca consolidarem uma união.
A pouco e pouco o HIV deixará de ser um prenuncio de morte e a sociedade começará a deixar de ver as pessoas infectadas como potenciais portadores de uma arma letal a qual por medo ou ignorância leva ao estigma e à exclusão social daqueles cujo único crime foi fazerem o que todos fazem, mas que tiveram o azar de ficar infectados.

Redução das Doses Terapêuticas

Algo que se deseja nas terapias antiretrovirais é a diminuição da sua toxicidade bem com a redução de efeitos secundários.
Algo pertinente e que se está a estudar actualmente graças a investimentos feitos nesta área através do programa de investigação ENCORE (Avaliação de novos conceitos de optimização da eficácia dos retrovirais) é a redução da quantidade de medicamentos tomados pelos pacientes sem que esta afecte a eficácia dos mesmos em relação à supressão da replicação viral.
Existem indícios de que certos medicamentos antiretrovirais tais como o Efavirenz, zidovudina (AZT), lamivudina (3TC), atazanavir e Kaletra, poderiam manter a mesma eficácia utilizando doses mais baixas.
A Universidade de Nova Gales do Sul na Austrália, está a efectuar ensaios clínicos com vista a demonstrar que doses mais baixas são tão eficazes como as doses actualmente em uso.
Para além das vantagens económicas para os governos, que com doses mais baixas poupariam milhões na compra de medicamentos, uma menor toxicidade iria certamente dar mais qualidade de vida aos doentes e reduzir os riscos de desenvolvimento de novas patologias hepáticas, cardíacas, renais entre outras.
O programa de investigação ENCORE está a inscrever pacientes na Europa, Ásia, Austrália e América e seguirá os pacientes durante 96 semanas, esperando-se resultados em 2013.
Os estudos ENCORE 2 e 3 avaliarão os perfis fármaco cinéticos das doses reduzidas em voluntários não infectados pelo HIV e os resultados dos mesmos servirão para avaliar se vale a pena continuar a investigação e efectuar ensaios clínicos com um número maior de participantes infectados com o HIV.
Estes estudos são desejados e bem-vindos e esperemos que às organizações não governamentais que financiam estudos como este, se juntem os governos de todo o mundo num esforço para encontrar soluções que visem uma optimização dos tratamentos e possam levar eventualmente os investigadores a qualquer descoberta inesperada.