TARGA previne evolução da Hepatite C em co-infectados

As pessoas co-infectadas com os vírus da Hepatite C VHC e o VIH, sofrem um desenvolvimento mais rápido na progressão da doença hepática do que as pessoas mono infectadas só com o VHC.
A maior parte dos estudos que suportam este facto são anteriores ao aparecimento das terapias anti retrovirais de grande actividade ou tri-terapias normalmente designadas pela sigla TARGA ou em inglês HAART.
Uma equipa de investigadores espanhóis do Hospital de La Paz em Madrid, efectuou um estudo com vista a obter uma visão actualizada sobre a influência das novas terapias TARGA e dos seus efeitos nos pacientes infectados com ambos os vírus.
Os resultados deste estudo foram publicados na Revista AIDS edição de 15 de Maio deste ano, e mostram que as terapias anti retrovirais podem reduzir a actividade necroinflamatória ou seja a morte celular dos tecidos do fígado.
Neste estudo foram avaliadas 119 amostras de biopsias hepáticas a pessoas co-infectadas tendo pelo menos 350 cd4 (Células do Sistema imunitário), as quais não tinham feito qualquer tratamento para o vírus da hepatite C. Metade destas pessoas tinham cargas virais altas de mais de 800.000 cópias para o VHC e cerca de dois terços estavam infectadas com os genotipos 1 e 4, ou sejam os que respondem de forma menos eficaz aos tratamentos.
As biopsias revelaram que 23% tinham fibroses avançadas e 66% esteatoses significativas.
Altos niveis de ALT, presença de esteatoses e fibroses avançadas e uma maior actividade necroinflamatória foram associadas a altos consumo de alccol.
Para despistarem enganos nas conclusões obtidas, relacionaram que nos pacientes que não tomavam a terapia TARGA tinham uma maior actividade necroinflamatória.
É uma boa noticia para os doentes co-infectados e de alguma forma pode-se pensar que o tratamento para o VIH tem benefícios no desenvolvimento da Hepatite C, uma doença que tantas mortes tem causado.

1 comentário:

Fatyly disse...

É de facto uma boa notícia.

Beijos