A Etravirina Aprovada na Europa





Um novo medicamento da classe dos inibidores da transcriptase reversa (ITRNN), a etravirina (Intelence), recebeu a aprovação de comercialização na União Europeia, de acordo com o anúncio feito na última semana de Agosto, pela empresa farmacêutica Tibotec. A aprovação deste medicamento, para uso nas pessoas com experiência anterior de medicação anti-retroviral em combinação com um inibidor da protease potenciado e outros medicamentos anti-retrovirais, baseou-se nos resultados dos estudos DUET. Este fármaco recebeu uma aprovação acelerada, em Janeiro de 2008, mas a autorização americana não especifica que a sua utilização deva ser feita em combinação com um inibidor da protease potenciado.

A etravirina é o primeiro medicamento inibidor da transcriptase reversa não nucleósido autorizado nos últimos 10 anos e o primeiro a mostrar actividade nas pessoas que já desenvolveram resistências aos medicamentos efavirenze (Sustiva ou Stocrin) ou nevirapina (Viramune).

O Dr. Martin Fisher, um consultor na área da infecção pelo VIH do Hospital da Universidade de Brighton & Sussex, referiu em Janeiro, quando a etravirina for aprovada nos Estados Unidos, que a existência de resistências cruzadas aos ITRNN pode ser o factor mais limitativo deste medicamento. “Quando se usa a etravirina deve-se ter muita atenção ao grau de resistências pré-existentes aos ITRNN,” afirmou este médico.

“O que ficou muito claro é que, de forma geral, quanto mais mutações aos ITRNN existirem, menos eficaz será a etravirina. Assim, a mensagem mais importante é: quem está medicado com nevirapina ou efavirenze e apresenta falência virológica, necessita de parar de tomar estes medicamentos o mais rapidamente possível, caso contrário, as hipóteses de utilização de etravirina no futuro ficam reduzidas.”

Contudo a análise dos doentes seguidos no London’s Chelsea and Westminster Hospital com resistências aos medicamentos ITRNN publicada no inicio deste ano, sugere que a proporção de doentes que beneficiaria com o uso de etravirina seria grande, apesar de apresentarem resistências a esta classe de medicamentos. Cerca de 90% dos que apresentavam falência virológica ao tratamento com efavirenze ou nevirapina mostrava suficiente sensibilidade à etravirina, sugerindo que estes doentes teriam beneficio se fossem medicados com este fármaco.

14 comentários:

Fatyly disse...

Mais um contributo que desconhecia e que se for para melhorar que venha já!

Um bom sábado.

Beijocas

Tony Madureira disse...

Olá,

Boas noticias?
São sempre bem vindas, e aumentam a esperança.
Mais um fármaco para ajudar no combate.


Abraço solidário

Anónimo disse...

Paulo

Pelo que sei um dos teus medicamentos é o Viramune.

Então, e para um leigo como eu, tens neste medicamento um substituto eficaz, para quando o Viramune deixar de funcionar, o que ainda pode levar muitos anos, né?

Um abraço

R.Almeida disse...

Colirio, para os olhos de muitos, mais um NNRTI, que vem colmatar lacunas existentes em certos tipos de resistências virais, adiando aparentes falências terapêuticas.
É uma classe de medicamemntos muito útil que peca pela sua baixa barreira genética, por toxicidade excessiva em alguns casos especialmente a nivel hepático,mas que é uma classe de medicamentos muito importante no combate ao virus.
Que venham as outras que estão na forja, que cada vez sejam menos tóxicas, pois precisamos muito delas. Um abraço

. intemporal . disse...

Fatyly

Este medicamento é da maior importância. Há muitos anos que só existem dois medicamentos desta classe, dos quais me encontro medicado com um.

Como o tolerei bem, o Viramune, um dia que deixe de actuar, o Intelence poderá ser o senhor que se segue...

:)

Beijinho

. intemporal . disse...

Tony

De facto é uma boa notícia, como são todas, sempre que se evoluí na àrea dos tratamentos para o VIH.

Um abraço amigo.

. intemporal . disse...

Beto

Ena, ena, como seronegativo já percebes muito disto...

Até aposto que um dia destes me vais buscar os medicamentos ao hospital, nem que pensem que és tu o seropositivo...

Tal facto não te importará mesmo nada...

Iolllll

Abraço enorme

. intemporal . disse...

Raul

Melhor do que ninguém, tu percebes bem dos tratamentos para o VIH.

E apesar de teres franzido o nariz quando soubeste que eu estou medicado com o Viramune, acabaste por concluir que estou bem medicado, em virtude de não ter tido colaterais relevantes e de o objectivo ter sido atingido....

Agora:

Carga viral: Indetectável.
CD4: 408

Antes:

Carga viral: 53.000
cd4: 194

Nada mau!

Abraço total

Hermínia Nadais disse...

Fica muito feliz pelas descobertas da medicina. Que sejam cada vez mais, mais úteis e eficazes. Peço muito pelo bem de todos. Abraços carinhosos

sideny disse...

que venham mais.
que os que venham não sejam tão
toxicos, pois assim damos cabo do figado.
E nós queremos é dar cabo do bichito de estimação.
entretanto vou ver se me livro de os tomar ainda,:))
vamos ver....beijocas

. intemporal . disse...

Herminia

Obrigado pela visita!

E que as descobertas se sucedam a cada dia que passa, para bem de todos!

Um beijinho

. intemporal . disse...

Sideny

Quando chegar a altura de tomares medicamentos para o VIH, serão de tal forma inofensivos e saborosos que pensarás que estás a comer smartie`s...

:)

Beijoka Gôda

. intemporal . disse...

Carla Silva e Cunha

Obrigado pela visita ao nosso espaço.

Oportunamente visitarei o seu espaço também.

Muito obrigado e volte sempre.

Um abraço

Odele Souza disse...

Paulo,
É sempre animador ver surgir um novo medicamento. E que os efeitos colaterais sejam os menores possíveis.

Carga viral intectável?! Que bom!

Beijos!