Usar ou não usar o preservativo, entre casais seropositivos com relações estáveis eis a questão. E não usar preservativo entre casais serodiscordantes, em que um dos elementos não está infectado pelo HIV ?
O preservativo ajuda muita gente, não só na prevenção da transmissão do HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis, mas também na cura da ejaculação precoce o que não é falado pois isso levaria ao reconhecimento de que é uma barreira ao prazer e que é mais difícil obter um orgasmo usando-o. Está mal concebido, aproveitaram algo já descoberto utilizado primariamente como método anticoncepcional e já teria desaparecido há muito, não fosse o advento da Sida e de outras DSTs e a sua comprovada eficácia como barreira a que estas infecções se propagassem ainda mais. Mas vamos esquecer o preservativo, pois o ponto focal deste texto, é não o usar e os perigos que daí podem vir quando um dos intervenientes na relação sexual ,ou ambos estão infectados pelo HIV.
Considerando que ambos os elementos do casal estão infectados, os médicos dizem que se não se usar preservativo um ou ambos os parceiros serão reinfectados com outra estirpe viral, e que vai facilitar o desenvolvimento da doença para o estado de SIDA.
Agora depois da conferência mundial sobre a SIDA, cientistas de renome mundial dizem que doentes com cargas virais indetectáveis por períodos superiores a seis meses não infectam outras pessoas.
Há muito que os médicos dizem, que pessoas que tenham contactos acidentais com o vírus se tomarem até 72 horas depois desse contacto a terapia PEP, (Profilaxia pós exposição) estão livres de ser infectados pelo vírus.
Habituado a ouvir tanta asneira, e à ignorância sobre o HIV de “Alguns” médicos, que fazem asneira atrás de asneira em prescrições de medicamentos a doentes infectados pelo HIV, que tomam certos tipos de retrovirais atrevo-me a dar a minha opinião de leigo, baseada no estudo que tenho feito ao longo de perto de doze anos sobre a sida e medicamentos utilizados no seu tratamento.
Um casal em que ambos estejam infectados, que tenham as cargas virais controladas e que tomem a mesma medicação, porque razão deverão usar preservativo?
Aqui caso os médicos digam o contrário, estão a contradizer-se em relação à profilaxia PEP, pois irão tomar os seus medicamentos, mesmo considerando tomas QD (1 vez dia) antes de 24 horas, ou se os tiverem tomado há pouco tempo, as concentrações do medicamento no sangue actuam como profilaxia PREP (Pré exposição). Outra contradição será a da declaração suíça, que vem reforçar a não necessidade do uso do preservativo.
No caso de um dos membros do casal ser negativo ao VIH, e caso o elemento infectado tiver uma carga viral abaixo das 50 cópias por ml. , numa relação estável entra a tese e os estudos feitos pelos cientistas suíços e não só, portanto será que aqui é necessário usar o preservativo?
Também não, ou de outra forma andam a brincar connosco mentindo-nos.
Os seropositivos para o HIV, têm os mesmos direitos e obrigações que os outros cidadãos não infectados. Face aos avanços da ciência e aos conhecimentos adquiridos em relação à transmissão do HIV, os seropositivos não constituem um perigo para a sociedade, nem são armas letais quando têm relações sexuais com essa mesma sociedade na qual estão inseridos (quando essa sociedade desconhece o seu estado serológico, a maior parte das vezes). Têm o direito de procriar, amar e ser amados como qualquer ser humano. Não usarem o preservativo nas suas relações conjugais é um desses direitos, e face ao reconhecimento pela ciência da não perigosidade de transmissão para o cônjuge, se assim entenderem e de comum acordo porque não o fazer?
Não obstante o acima citado, e considerando o preservativo como um meio eficaz para evitar a transmissão do VIH via sexual, a responsabilidade do mesmo ser usado em relações sexuais ocasionais é de qualquer um dos intervenientes nessa relação seja ele seropositivo ou não.
A culpa numa transmissão sexual, não pode ser atribuída única e exclusivamente às pessoas infectadas, pois todos os não infectados sabem ou deveriam saber que o único meio seguro de evitar a transmissão do vírus é usando o preservativo. Essa informação está mais do que divulgada, e devido à actual escassez de campanhas de prevenção aconselhando o uso do preservativo, parece ser a opinião acreditada dos responsáveis governamentais nessa área.
Pelo sim e pelo não, use o preservativo é o que eu posso dizer ou aconselhar a todos. Fidelidade conjugal é utopia. Há mar e mar, há ir e voltar. Na realidade ficar-se infectado é muito chato e não há retorno depois de a infecção acontecer.
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