SEROPOSITIVOS DÃO FORMAÇÃO EM ESCOLAS E HOSPITAIS

Depois de reconhecido o valor da comunidade seropositiva em acções de prevenção e desmistificação do VIH, o governo decidiu integrar pessoas infectadas pelo vírus da SIDA, nas equipes hospitalares de apoio à adesão das terapias retrovirais bem como na ajuda aos novos infectados para entenderem o que é viver com o VIH. O convívio inter pares de infectados de longa data e com bons conhecimentos sobre a doença é salutar e facilita quer a aceitação da infecção quer a adesão às terapias.
O governo reconheceu também que a participação de pessoas da comunidade seropositiva com experiência face à problemática do VIH e com formação na área da prevenção, poderão dar palestras nas escolas e alertar os alunos para os perigos da SIDA e de outras IST, bem como do uso de drogas.
Os membros da comunidade que participarem nestas acções de formação/aconselhamento/prevenção, serão pagos pelo seu trabalho sem que isso interfira com pensões por invalidez ou outros apoios do estado como o RSI.
Assim Portugal reconheceu competências à comunidade seropositiva, à semelhança daquilo que já é feito noutros países da Comunidade Europeia.
O dinheiro que os seropositivos ganharão nestas acções úteis a toda a comunidade, vai proporcionar-lhes uma melhor qualidade de vida, pois a maioria dos infectados vive de fracos recursos económicos.
Antes desta decisão governamental entrar em vigor, os seropositivos não tinham certificação de competências e para lhes pagarem uma quantia por exemplo de €50 não era possível por não haver enquadramento legal para que o seu trabalho fosse pago. Para além disto tinham de emitir recibos verdes e constituírem actos isolados de prestação de serviços, que por sua vez levava ao corte das pensões de sobrevivência ou do RSI. Note-se que antes eram pagos centenas de milhares de euros a certos senhores e que para esses pagamentos havia enquadramento legal e não havia problemas. Preocupavam-se com os tostões e não davam importância aos milhões.
O programa das novas oportunidades, lançado pelo actual governo e através do processo RVCC , que reconhece e certifica competências escolares e profissionais, foi ajustado para que a todos os seropositivos que nele participarem sejam dadas as certificações de competência para participarem nessas acções.
Como membro da Comunidade Seropositiva e como activista, regozijo-me com estas medidas que pecam por tardias, e só tenho pena que a notícia tenha saído da minha cabeça no dia 1 de Abril, o dia das mentiras e como bloguista sinto-me no direito de a publicar como a mentira do dia à semelhança do que fazem os midia neste dia.

6 comentários:

Alexa disse...

Amigo e eu toda contente
Enganaste-me até ao fim
Que engraçadinho

Ah,Ah;Ah
Qd a esmola é muita o pobre desconfia
??????Beijos????

sideny disse...

Raulito


Que mentira!

Mas deviam sim aproveitar as pessoas infectadas , para ajudar os novos infectados a compreender melhor a doença.

beijocas

Biby disse...

Olá Raul!
Eu estava a achar fartura a mais esta noticia!
Seria bom se fosse verdade!
:)
Quem sabe algum politico não lê as tuas palavras e resove propor algo semelhante na Assembleia da republica! :)
Beijinhos
BIBY

Fatyly disse...

Eu toda contente com mais este passo e tu pimbas...mentiroso:)

Mas, mais dia menos dias isso irá acontecer!

SILÊNCIO CULPADO disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
SILÊNCIO CULPADO disse...

Esta é uma brincadeira que poderia ser verdade se vivessemos em sociedades realmente evoluídas.
Se por um lado há que relevar o papel social dum seropositivo que tem todo um conjunto de valências que o tornam mais abalizado para dar formação, por outro não podemos esquecer que vivemos em Países decadentes em que o desemprego e a precaridade no trabalho são uma constante e em que uma minoria detém o poder e a capacidade económica para decidir sobre os outros.
Enquanto não se inverter essa tendência não haverá condições para que cenários como o que descreves sejam considerados. No entanto, há que lutar para que isso aconteça e para que possam começar a surgir seropositivos a darem formação e a abrirem caminho para que sejam institucionalizadas tais práticas.

Aguardemos pois os pioneiros de tão árdua mas gratificante missão.
Abraço