Continuamos a explicar o Hemograma, com o intuito de dar ao leitor alguma formação básica do significado dos resultados das análises clínicas e de outros meios de diagnóstico comuns. De seguida pensamos explicar os electrocardiogramas e o significado dos gráficos que apresentam.
Acreditamos que os doentes, são parte activa na cura e tratamento de qualquer doença.
Um doente informado, recebe por parte do médico mais atenção e pode contribuir para minimizar erros que muitas vezes acontecem, por falta de informação/conhecimento do médico, que desconhece toda a história clínica do paciente.
Espero que gostem deste tipo de textos que a equipe “Sidadania” está preparando para todos.
R. Rudoisxis
Acreditamos que os doentes, são parte activa na cura e tratamento de qualquer doença.
Um doente informado, recebe por parte do médico mais atenção e pode contribuir para minimizar erros que muitas vezes acontecem, por falta de informação/conhecimento do médico, que desconhece toda a história clínica do paciente.
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R. Rudoisxis
Série Vermelha - Os Eritrócitos
No relatório do hemograma consta o eritrograma que como o nome indica refere-se ao estudo dos eritrócitos ou glóbulos vermelhos. Contêm um elevado teor de hemoglobina que confere a cor vermelha ao sangue e as suas alterações tanto na quantidade de hemoglobina presente como na forma e no tamanho embora não sejam característica desta ou daquela doença são de grande importância quando associadas a sintomas de algumas patologias. Os valores normais diferem nos homens e nas mulheres. No estudo do eritrócito são então considerados os seguintes aspectos:
Eritrócitos – são os mais numerosos elementos do sangue já que representam o próprio sangue e têm uma duração média de vida de 120 dias pelo que a medula óssea tem de estar sempre a produzi-los. Assim as variações na sua produção para valores abaixo ou acima dos valores normais serão indício da reactividade da medula e do baço que também tem um papel na sua produção. Os valores normais dos eritrócitos situam-se nos 4.0 – 5.0% e abaixo destes valores podem indicar anemias hemolíticas (resultantes de destruição dos eritrócitos), enquanto que valores mais elevados a partir de 6.0% têm geralmente a designação de Poliglobulia (excesso de “sangue”) podendo ter várias causas.
Hemoglobina – Os eritrócitos normais encontram-se saturados de hemoglobina. A quantidade é maior no homem (14.0 a 17.0) do que na mulher (12.0 a 16.0). Acima destes valores podem acompanhar a poliglobulia dos eritrócitos enquanto que os valores abaixo indicam os estados de anemia. Na observação ao microscópio são confirmadas as características na cor do eritrócito sendo que nos estados de anemia por falta de ferro a produção de hemoglobina é mais baixa e os eritrócitos apresentam-se com falta de cor parcial (anisocromia) e/ou total (hipocromia), termos que aparecerão no relatório clínico se for o caso.
Hematócrito – Representa a massa total que as células do sangue ocupam numa unidade de volume. Depende praticamente do volume ocupado pelos glóbulos vermelhos e é por isso de importância fundamental. Os valores oscilam entre 36 e 50% com a média de 42% na mulher e 47% no homem. O valor baixa em todas as anemias.
Volume globular médio (VCM) – 88 – 94 – refere-se ao tamanho dos glóbulos vermelhos e é útil no estudo das anemias e noutras patologias. Quando o diâmetro é inferior ao normal o VCM apresenta-se baixo e diz-se que existe microcitose, característica de anemias por falta de ferro. Quando o VCM é elevado, os glóbulos vermelhos são de tamanho aumentado e existe macrocitose, característica de anemias por carência de Vitamina B12 ou ácido fólico. De notar que também existe macrocitose em patologias do fígado e nas hepatites e aqui são de importância o valor das plaquetas e das transaminases (GOT e GPT) determinadas nas analises de bioquímica.
Hemoglobina Globular média (HCM) – 27.0 – 32.0
Concentração de hemoglobina globular média (CHCM) - 32.0 – 36.0
No relatório do hemograma consta o eritrograma que como o nome indica refere-se ao estudo dos eritrócitos ou glóbulos vermelhos. Contêm um elevado teor de hemoglobina que confere a cor vermelha ao sangue e as suas alterações tanto na quantidade de hemoglobina presente como na forma e no tamanho embora não sejam característica desta ou daquela doença são de grande importância quando associadas a sintomas de algumas patologias. Os valores normais diferem nos homens e nas mulheres. No estudo do eritrócito são então considerados os seguintes aspectos:
Eritrócitos – são os mais numerosos elementos do sangue já que representam o próprio sangue e têm uma duração média de vida de 120 dias pelo que a medula óssea tem de estar sempre a produzi-los. Assim as variações na sua produção para valores abaixo ou acima dos valores normais serão indício da reactividade da medula e do baço que também tem um papel na sua produção. Os valores normais dos eritrócitos situam-se nos 4.0 – 5.0% e abaixo destes valores podem indicar anemias hemolíticas (resultantes de destruição dos eritrócitos), enquanto que valores mais elevados a partir de 6.0% têm geralmente a designação de Poliglobulia (excesso de “sangue”) podendo ter várias causas.
Hemoglobina – Os eritrócitos normais encontram-se saturados de hemoglobina. A quantidade é maior no homem (14.0 a 17.0) do que na mulher (12.0 a 16.0). Acima destes valores podem acompanhar a poliglobulia dos eritrócitos enquanto que os valores abaixo indicam os estados de anemia. Na observação ao microscópio são confirmadas as características na cor do eritrócito sendo que nos estados de anemia por falta de ferro a produção de hemoglobina é mais baixa e os eritrócitos apresentam-se com falta de cor parcial (anisocromia) e/ou total (hipocromia), termos que aparecerão no relatório clínico se for o caso.
Hematócrito – Representa a massa total que as células do sangue ocupam numa unidade de volume. Depende praticamente do volume ocupado pelos glóbulos vermelhos e é por isso de importância fundamental. Os valores oscilam entre 36 e 50% com a média de 42% na mulher e 47% no homem. O valor baixa em todas as anemias.
Volume globular médio (VCM) – 88 – 94 – refere-se ao tamanho dos glóbulos vermelhos e é útil no estudo das anemias e noutras patologias. Quando o diâmetro é inferior ao normal o VCM apresenta-se baixo e diz-se que existe microcitose, característica de anemias por falta de ferro. Quando o VCM é elevado, os glóbulos vermelhos são de tamanho aumentado e existe macrocitose, característica de anemias por carência de Vitamina B12 ou ácido fólico. De notar que também existe macrocitose em patologias do fígado e nas hepatites e aqui são de importância o valor das plaquetas e das transaminases (GOT e GPT) determinadas nas analises de bioquímica.
Hemoglobina Globular média (HCM) – 27.0 – 32.0
Concentração de hemoglobina globular média (CHCM) - 32.0 – 36.0
Estes dois últimos são índices igualmente importantes no diagnóstico das anemias, não serão aqui referidos pois a sua compreensão depende de outras análises e representam uma quantidade imensa de informação.
Finalmente no relatório do hemograma consta ainda a contagem de uns elementos do sangue que dão pelo nome de plaquetas. As plaquetas são as responsáveis pela coagulação espontânea do sangue graças à propriedade de se aglutinarem e aderirem às rupturas nas veias formando um tampão sobre a ferida. Quando em circulação livre, não aderem umas às outras a não ser que haja o rompimento de um vaso. Os valores normais oscilam entre 200.000 a 500.000 e sendo importantes na coagulação torna-se óbvio que um número abaixo do normal favorece a propensão a hemorragias mais demoradas ou de nódoas negras ao mínimo traumatismo. Por outro lado o número elevado de plaquetas aliado a determinadas características do individuo como sejam colesterol e triglicerideos elevados são propícios à formação de outras hemorragias e em casos mais graves, de AVC ou trombose.
Finalmente no relatório do hemograma consta ainda a contagem de uns elementos do sangue que dão pelo nome de plaquetas. As plaquetas são as responsáveis pela coagulação espontânea do sangue graças à propriedade de se aglutinarem e aderirem às rupturas nas veias formando um tampão sobre a ferida. Quando em circulação livre, não aderem umas às outras a não ser que haja o rompimento de um vaso. Os valores normais oscilam entre 200.000 a 500.000 e sendo importantes na coagulação torna-se óbvio que um número abaixo do normal favorece a propensão a hemorragias mais demoradas ou de nódoas negras ao mínimo traumatismo. Por outro lado o número elevado de plaquetas aliado a determinadas características do individuo como sejam colesterol e triglicerideos elevados são propícios à formação de outras hemorragias e em casos mais graves, de AVC ou trombose.
(Texto elaborado por: "Equipe Sidadania" GTC)
Nota: Se tiver dúvidas na interpretação de suas análises clinicas, coloque-as em comentários.
Profissionais que fazem parte da "Equipe Sidadania", responderão às suas dúvidas.
9 comentários:
Não devia acontecer mas infelizmente acontece muito: quando se ignora completamente o seu estado na ida ou médico ou não existe o à-vontade para fazer perguntas por se desconhecer a matéria, há quem saia "malservido". Pelo contrário quem leva os conhecimentos minímos e discutir os seus resultados com o médico é melhor atendido e impõe um respeio diferente ao profissional de saúde que por sua vez também se sentirá mais à vontade numa conversa com o doente. O meu médico de familia tem fama de não respeitar os doentes que consulta,sobretudo os mais humildes que nem se atrevem a levantar a voz ao senhor doutor, chega inclusivamente a ser malcriado, arrogante e a receitar medicamentos à toa descurando os males de que as pessoas realmente padecem. Entretanto, na presença de pessoas com algum conhecimento sobre o seu estado e que souberam expor/discutir o mesmo com ele, não apresenta esse comportamento arrogante. É caso para gritar: aprendam o mais possível e salvem-se!
A equipa já agora devia fazer um post sobre isso: o comportamento dos profissionais de saúde.
beijos e abraços
A sugestão é óptima. Mesmo em casos que seja necessário o recurso a certas especialidades, muitas vezes a ignorancia da pessoa (doente)e a sua atitude servil perante o médico levam a que muitas vezes sejam despachados em três tempos sem terem os cuidados de saude aos quais têm direito.
Há muitas histórias a contar por médicos de familia que dariam óptimos textos para publicação e outras algo tristes. Talvez um dia algum médico as queira aqui contar.
Mas o que podemos esperar de uma franja da população que ainda está a pensar em escudos e em contos e não consegue assimilar o Euro? E isto são coisas com que se lida todos os dias, e quanto à saude nem por isso.
uma das coisa que me irrita mesmo muito,e eu gostar de saber o que se passa comigo(nas minhas maleitas) que nao sao nada leves.
por isso exigo mesmo aos medicos que me expliquem o porque das coisas.
tenho tido sorte ate agora com eles.(tambem levam comigo)
mas tenho uma medica de familia que a tratei bem mal um dia destes.
detesto que nao falem , e sejam arrogantes,eles sao medicos e eu sou a doente.
ha que ter respeito pelo doente acima de tudo,nos queremos nos tratar.
isto para nao falar tambem dos enfermeiros(a) que alguns coitados, erram na profissao.
beijo
Obrigado por mais este texto e imprimi conforme fiz com o anterior, para o guardar.
Ao contrário da m. e sideny, eu tive muita sorte com a médica de família que deixou o privado e abraçou totalmente o privado.
Ir a uma consulta...é levar um livro e ter paciência pelo tempo de espera, porque ela fica uma hora ou hora e meia com cada doente.
Explica tudo, diz tudo, escreve para caramba e tem algo que sempre gostei: olhos-nos-olhos. Por vezes oiço dizer quando já estão de saída: não se esqueça e entregue o que escrevi ao seu filho, marido, esposa para que o(a) ajudem.
Quando não sou bem atendida por qualquer profissional de saúde, ou quando vejo agressões verbalizadas sobre quem quer que seja... lamento muito mas fica registado no livro de reclamações e segue de imediato um email para os organismos competentes.
Obrigado a essa maravilhosa equipe e cá aparecerei para fazer o meu "compêndio".
Um abração sincero
deixou o privado e abraçou totalmente o PÚBLICO.
Desculpem:(
fatyly
Os medicos que me seguem nos dois hospitais onde sou seguida,nunca tive problema algum com eles.
sao como eu gosto directos e frontais, e verdadeiros,como eu sou tambem.(e e assim que eu gosto)
mas a parva de medica de familia que e uma romena que eu nunca a tinha visto, pois estao sempre a mudar o medico de familia aqui no
centro de saude.
teve o azar de me dizer que eu gosto de andar nos hospitais,bem saltou-me a tampa, ninguem vai para os hospitais passar tempo acho eu, eu nao vou e se pudesse ate nem la punha os pes.infelismente tenho de ir.
ainda para mais ela sabe o meu historial medico.
que va la para a romenia.(a terra dela)
tambem demora 1 hora com os doentes
pronto ficou a saber como eu sou.
nao tenho la muito bom feitio quando me chateiam.
beijo
Raul
Este texto é muito bom tal como o anterior também o era. Esclarece e ensina a enfrentar o mundo da saúde em que os médicos são, como outros profissionais, uns nasceram para aquilo e outros não. Uns são humanos e têm aquela capacidade de empatia. Outros estão ali como se não estivessem.
Porém pedir que as pessoas se informem para enfrentar o médico, é pedir um esforço hercúleo tendo em conta que os mais idosos e os menos letrados aceitarão quase sempre o veredicto desmunidos de todas as condições que os levariam a poder rebater algumas decisões sobre a sua própria vida.
Dói pensar nisso.
Abraço
Sideny
se estão sempre a mudar o médico de família é porque está inserida no "grupo que não têm médico de familia". Ou seja...cada vez que vais és atendida por um diferente. Será?
Fizeste bem em reagires e mostrares o teu desagrado não é por teres mau feitio, e a pobre coitada também não é por ser romena, há que saber dar espaço aos que vêm. Quantas portuguesas há assim? para quem nos atende mal...temos reagir sempre com garra e educação pondo as pintas nos "is". Vais ver que na próxima vez terás outro atendimento:)
Hoje 03/08/2009 fui doar sangue e na pré triagem deu hemoglobina alta (19,4). Existe indicio viral? Em fevereiro deste ano (2009) tomei vacina para gripe. Em março fui doar nao pude por exesso de hemoglobina aliei isso a vacina. Mas agora vou ter que fazer exame de sangue, e sem informação nao sei como me acalmar. Grato JOSIAS
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